Construído na Cova da Iria, o Santuário de Nossa Senhora do Rosário de Fátima é o local onde, de Maio a Outubro, acorrem milhares de peregrinos. A fé dos católicos portugueses em Nossa de Fátima é grande e antiga, remonta quase às primeiras notícias das aparições da Virgem a três pastorinhos, nesta zona. Jacinta Marto, Francisco Marto e Lúcia de Jesus, três crianças que andavam a guardar gado, terão visto a Virgem em cima de uma azinheira, que lhes apareceu sempre no dia 13 entre os meses de Maio e Outubro. Corria o ano de 1917, ano da revolução russa, e Nossa Senhora prometeu que se se rezasse muito a Rússia iria converter-se.

Depressa, no entanto, o apelo à conversão da Rússia passou a segundo plano, os portugueses começaram a acreditar nos milagres de Nossa de Fátima, a fazer promessas de ir a pé até ao santuário. E o santuário foi crescendo. Hoje é um complexo que integra a Capelinha das Aparições, a esplanada do Rosário e a Basílica, construída em 1928. Em Fátima existe um módulo do Muro de Berlim a lembrar a promessa da queda do comunismo.

Embora o mais importante local de peregrinação em Portugal, há outros locais de revelo na fé católica como o Santuário do Bom Jesus de Braga, construído nas imediações da cidade de Braga, no norte do País. A primeira ermida ali construída remonta à Idade Média, mas a estrutura como hoje se conhece é mais recente. A igreja ficou pronta em 1811. Se bem que os ex-libris deste santuário sejam os três escadórios. O do Pórtico, o dos Cinco Sentidos – com as fontes da Visão, da audição, olfacto, paladar e tacto – e o escadório das Três Virtudes – Fé, Esperança e Caridade.

Ainda no Minho e no norte de Portugal, há um outro santuário, o de Santa Luzia, construído no monte com o mesmo e do qual se tem a melhor vista sobre a cidade de Viana do Castelo. O Santuário começou a ser construído em 1903, o projecto é de um arquitecto famoso na altura, Ventura Terra, que se terá inspirado no Sacré-Coeur de Paris.